terça-feira, 1 de junho de 2010

VELOCIDADE DE EXECUÇÃO





Velocidade de Execução






Espera-se sempre de um jogo a alta capacidade técnica, quer na leitura táctica quer na aplicação dos gestos técnicos fundamentais: o passe, a recepção e o remate. As equipas que se habituam-se a um jogo dinâmico e organizado, não têm medo de correr riscos e geralmente optam por jogar rápido. Nestes jogos, em que os detalhes fazem a diferença, devemos olhar com particularidade para as mais-valias de uma realização perfeita do passe.
A sua velocidade de execução não pode ser ignorado porque quanto mais tempo leva a bola a chegar às mãos do receptor, mais será o tempo que o defensor tem para se reposicionar e encurtar o espaço de acção/decisão. Um passe sem velocidade não é um passe saudável nem eficaz por isso que em todos os clubes, nas suas sessões de treino diário, assistimos a uma verdadeira obra de repetição deste elementar gesto técnico. Muitos são os treinadores que tentam encontrar exercícios diferenciados para aumentar a qualidade e a velocidade da sua execução. Geralmente inicia-se com exercícios de variado grau de complexidade sem defesa, de seguida surgem movimentos com defesas passivos ou condicionados para que haja sucesso no gesto a realizar. Só por fim se fará um trabalho duro com defesa real, de nada serve passar rápido se não houver uma tomada de decisão adequada! Vale a pena repetir vezes sem conta desde que haja acompanhamento e correcção de uma forma sistemática e pedagógica. Um passe só é completo quando realizado em velocidade e permite ao receptor jogar na cara do defesa sem abrandar ou parar. O que parece fácil muitas vezes é difícil, executar sob pressão decidindo e olhando para o que se está a passar sem retirar velocidade são os ingredientes decisores de uma acção técnica perfeita. Quantas finais não se perdem ou ganham em segundos aproveitando oportunidades decorrentes de um mau passe, de execução lenta e técnica inapropriada ou, pelo contrário quando os movimentos são sublimes e de enorme perfeição técnica.

Por
Tomaz Morais

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